quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Delirios



Tranquei-me em meu quarto


Quero ficar sozinho


Quero pensar um pouco


Quero às vezes me torturar


Cortar meus pulsos e vê-los sangrar


É tão delirante a sensação


É tão injusta a minha solidão


Os jogos que eu criei


São sombrios e letais


As coisas que escrevo às vezes


Não são reais


Não passam de delírios


Da minha mente vazia


Agora todo o sangue que escorre


Pelos meus dedos


(Se eu cortasse os dedos)


Escorre pelos meus dedos


Poderia me torturar ainda mais


(Mais, eu quero mais).


Deixe-me sozinho com meu sofrimento


Deixe-me vá embora


Procure outro que faça o bem que eu não te fiz


Procure outro mais sóbrio


Procure outro que não esteja mórbido


Por estar a tempos fazendo tudo


Pra que você seja feliz


Procure outro ser que não esteja mórbido


E que não faça você sofrer


Deixo agora aquelas lagrimas


Que guardei por todo esse tempo


Mergulhado na minha triste solidão


Prefiro sofrer sem ninguém por perto


Prefiro sofrer aqui...


Todo o preto do lápis de olho


Agora mancha o meu rosto


Meu olhar de tristeza diz


As pessoas que fiquem longe


E não me façam sofrer mais...


Quero ficar sozinho


E deixar as tristezas pra traz!

Jogada no chão ( Meu funeral)



Abro os olhos não vejo nada


Sinto-me preso em algum lugar


Procuro a saída


Creio que seja um sonho


Em que eu possa acordar


Em minhas mãos um punhado


De murchas flores


Vestido de preto eu já sabia


O que estava a acontecer


Era o final, meu funeral.


Eu pensava que não iria morrer


Estou dentro de um caixão


Todos lá fora choram


Não sei como fui morrer


E então pude perceber


Que o meu caixão se abria


Agora eu enxergava a luz do dia


Mas era uma tarde cinza


Com ventos fortes


Abri minhas asas


Pus-me a voar


Como um pássaro que foge da gaiola


Em busca de uma nova aurora


Na busca de outro espaço


Em busca de um novo lugar


Aquela que sempre amei


Agora estava aos prantos


Jogada em um canto


Com um olhar frio e afastado


Olhava para os lados


Pra tentar se convencer


Enfim, me enterraram.


Flores em voltada minha cova


E em volta troncos gigantescos esperando pela aurora


Diga-me, grite com posso fazer


Pra sair desse buraco escuro


Não queria morrer


Ou talvez de você me perder


Mais era o meu triste final


O controle estragou


Não mude de canal


Ajude-me a escapar


Tente me tirar desse buraco escuro


Tente me ajudar a respirar


Suas lágrimas por cima do caixão


Fizeram-me acordar


E mostraram pra todos


Porque eu sempre quis te amar


Pra não te ver chorar na solidão


Pra não te ver assim


Jogada no chão...


Eu matei você



Eu sou o fruto do seu


Maior pesadelo


Eu sou aquele dia


Sangrento, cheio de dor.


Eu sou o líder do massacre


Eu sou conde do terror


Eu sou aquele que sempre


Diz-lhe a verdade mesmo


Que ela seja dura


Eu sou aquele que você sabe


Que nunca teve um coração puro


Que nunca demonstrou


Outros sentimentos


A não ser


O ódio e a dor


Dor que você me causou


Agora que tudo passou


Estou aqui pra te matar


E acabar com toda a sua


Felicidade


Acredite isso é verdade


Você tem pouco tempo pra viver


Todo o ódio que agora sinto


Não é nem a metade


Do que eu pretendo fazer com você


Eu quero ver escorrer


A sua ultima gota de sangue


Sua ultima lagrima


Você sempre esteve errada e


Nunca me deu a razão...


Você me fez de bobo


E nunca teve a noção


De que um dia essa historia


Iria mudar


Um dia é da caça e o outro do caçador!


Agora sofra!!!


Você tem a mente suja


Como a de um psicopata


Mais eu sou piro que eles


E muito melhor


Agora eu vou te fazer sofrer


Eu quero, eu anseio


Por sangue


Eu quero ver a sua morte


Já comprei os convites


Reservei meu camarote


Esse é o seu fim!


Que pena, eu não estou


E nem vou sentir remorso


Não vou ligar me desesperar


Por causa dos seus gritos


Não há ninguém que possa


Ajudar-lhe


Ate o demônio já reservou seu lugar


Ninguém a não ser


Os anjos do céu


Vão ter dó ou piedade


Não vou sentir saudades... Adeus!


A ultima facada, o sangue escorre


E seu coração para de bater;


A adrenalina toma conta... ,


Eu não queria parar


Mais você já estava morta


Então pensei em te esquartejar


Você já estava morta...


Em meus braços ela morreu


Agora a sua alma vaga


Além das trevas


Além do céu e a terra,


Além do mar, dos oceanos.


Além de tudo o que eu


Possa imaginar


Minha vingança estava completa


Mas não sei como


Eu me arrependi


As lágrimas escorriam


Pelo meu rosto


Eu não conseguia conte-lás


Depois de tudo o que eu fiz


Eu só pensava em matar


Cortei os meus pulsos,


E agora os vejo sangrar


Mais foi uma dor passageira


Foi a pior coisa que fiz


Em toda minha vida


Acabei com os sonhos de quem


Um dia foi feliz


Agora sei que sou


Um assassino


E morrerei infeliz


Desisti dos sonhos, desisti de viver;


Por amor e muito ódio


Eu matei você...